Infraestrutura / Desenvolvimento
Secretário Marcelo Miglioli anuncia programa de R$ 542 milhões para pavimentação e drenagem em Campo Grande
Gestão de Adriane Lopes prioriza recapeamento, combate a enchentes e conclusão de obras paradas; mais de 400 km de asfalto devem ser entregues até 2026
28/09/2025
09:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos de Campo Grande (Sisep), Marcelo Miglioli, anunciou que a prefeitura lançará em breve um programa de R$ 542 milhões para pavimentação e drenagem, a ser executado ao longo dos próximos três anos. O objetivo é atacar um dos maiores gargalos da Capital: a precariedade da malha asfáltica e a falta de drenagem em diversas regiões.
Segundo Miglioli, a prefeita Adriane Lopes (PP) determinou que a secretaria trabalhe com planejamento de longo prazo para resolver de forma definitiva problemas históricos da cidade.
“O planejamento da prefeitura de Campo Grande na parte de infraestrutura já está feito. Agora, temos que buscar a execução, porque ainda temos viadutos para iniciar, obras como a da Guaicurus em parceria com o governo estadual, além do programa de recuperação funcional do pavimento”, destacou.
Campo Grande tem 1.100 km de ruas sem pavimentação e cerca de 70% da malha asfáltica comprometida, segundo o secretário. Para enfrentar esse passivo, estão em andamento 18 contratos de asfaltamento que contemplam bairros como Noroeste, Parque do Sol, Jardim das Perdizes e Mansur, todos com drenagem prevista.
O programa prevê a recuperação funcional do asfalto, em modelo semelhante ao da Operação Tapa-Buracos, mas com contratos regionais e regime de zeladoria.
“A maioria das vias não tem problema estrutural, mas a capa asfáltica está comprometida, oxidada e cheia de trincas. A ideia é fazer um processo continuado, conforme já testamos em projeto piloto, recapear vias importantes a baixo custo e avançar de forma regionalizada”, explicou Miglioli.
Outro foco da Sisep são as obras de drenagem e bacias de contenção. O secretário citou avanços em áreas como o bairro Noroeste, onde uma bacia deve reduzir alagamentos que atingiam a Chácara dos Poderes e o Córrego Pedregulho. Outra estrutura está em construção nas proximidades do Aeroporto Internacional de Campo Grande.
“Toda obra de pavimentação que tiver necessidade contará com drenagem e bacia de contenção. É um programa continuado para proteger córregos e reduzir inundações”, afirmou.
A prefeitura também tem priorizado obras inacabadas, como as 13 Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil) que estavam paralisadas. Duas já foram entregues, uma será inaugurada em breve e outras cinco estão em construção. Quatro novas unidades ainda serão licitadas.
Outro destaque é o projeto do Centro de Belas Artes, paralisado desde 1994. O prédio será totalmente ocupado: metade abrigará o centro cultural e a outra parte a Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec), integrada ao ParktecCG. O investimento previsto é de R$ 10 milhões para o espaço cultural e R$ 28 milhões para a Agetec.
A revitalização do Lago do Amor, em parceria com a UFMS, é outro desafio em andamento. O projeto prevê desassoreamento e construção de bacias de contenção para resolver definitivamente os problemas ambientais e de infraestrutura no local.
“Estamos imaginando uma obra de cerca de R$ 20 milhões, com duas bacias para evitar que o lago volte a assorear em pouco tempo”, explicou.
Miglioli também chamou atenção para o aumento dos furtos de fios, grelhas de bueiros e materiais de construção em obras públicas, o que tem obrigado a Sisep a incluir vigilância noturna nos contratos.
“Temos roubo de fiação praticamente todos os dias. Precisamos repor rapidamente para não colocar a população em risco”, disse.
O secretário ressaltou a boa relação com os governos estadual e federal. Pelo Estado, destacou obras como o acesso às Moreninhas pela rua Salomão Abdala e o Jardim Itatiaia, viabilizado com recursos da senadora Tereza Cristina (PP).
No plano federal, Miglioli afirmou que os repasses estão dentro do cronograma, permitindo o andamento das obras em ritmo acelerado.
Com o programa de R$ 542 milhões, a meta é garantir 400 km de pavimentação até o fim da gestão Adriane Lopes, além de reduzir o déficit histórico de infraestrutura urbana.
“Precisamos de outras obras, mas conseguimos administrar. Hoje, as prioridades são pavimentação, drenagem e recapeamento. Temos planejamento, projetos prontos e recursos assegurados. O desafio agora é a execução”, concluiu o secretário.
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