Política / Partidos
Pressão nacional acirra crise no PSB de MS e afasta lideranças às vésperas de 2026
Sigla enfrenta resistência local a apoio ao PT no Estado e vê dirigentes cogitarem saída
22/12/2025
07:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O clima de tensão aumentou dentro do PSB de Mato Grosso do Sul diante da pressão da direção nacional para que o partido apoie o PT no Estado nas eleições de 2026. A orientação tem provocado resistência das lideranças locais, que defendem caminho distinto e já admitem afastamento ou desfiliação.
A expectativa de parte do PSB sul-mato-grossense é apoiar a reeleição do governador Eduardo Riedel (PP). No entanto, declarações recentes do dirigente nacional do PT, Edinho Silva, indicando que o PSB será base petista em MS, ampliaram o desconforto interno. A presença do vice-presidente da República Geraldo Alckmin, filiado ao PSB, também intensifica a pressão por alinhamento com o PT no Estado.
O presidente do diretório estadual do PSB e deputado da Assembleia Legislativa, Paulo Duarte, já afirmou que deixará a sigla diante da falta de apoio à reeleição de Eduardo Riedel. No âmbito municipal, o diretório de Campo Grande, liderado pelo vereador Carlos Augusto Borges (Carlão), também pode ficar sem comando, já que o parlamentar rejeita apoiar o PT e defende independência local na definição das alianças.
“Uma coisa de certeza que eu tenho é que eu não apoio candidato do PT aqui no Estado”, afirmou Carlão. Em 13 de dezembro, o PT-MS anunciou Fábio Trad como pré-candidato ao Governo do Estado, o que reforçou o impasse.
Carlão condiciona sua participação eleitoral a uma eventual liberação da direção nacional para apoiar o PP no pleito estadual. “Se não ficar, eu não vou ser candidato a nada, inclusive peço licença, porque eu não vou apoiar o candidato do PT aqui”, declarou.
Com Riedel filiado a partido de direita, integrantes do PSB questionam se haverá liberação formal para apoiar o governador, considerando que o PSB integra a base do governo federal ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com Alckmin na vice-presidência.
Enquanto a direção nacional não define o rumo, o PSB em MS se aproxima do Cidadania, mirando uma federação nacional. Na última semana, chapas e quadros para 2026 foram discutidos entre as legendas. Segundo Carlão, a federação ainda não foi formalizada, mas as negociações indicam possível consolidação até meados do próximo ano.
O cenário expõe um racha entre orientação nacional e estratégia local, com reflexos diretos na composição de alianças e na permanência de lideranças do PSB em Mato Grosso do Sul.
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