Política / Câmara Municipal
Vereadores aprovam LDO 2026 com 275 emendas e mantêm limite de 15% para créditos suplementares
Proposta da Prefeitura previa 30%, mas emenda da Comissão de Finanças foi mantida; plenário rejeitou teto de 10% sugerido por parlamentares
03/07/2025
15:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Em sessão dupla nesta quinta-feira (3), a Câmara Municipal de Campo Grande aprovou, com alterações, o Projeto de Lei 11.777/25, que estabelece as diretrizes orçamentárias do município para o exercício de 2026. A proposta, de autoria do Poder Executivo, recebeu 275 emendas parlamentares aprovadas em plenário, enquanto três foram rejeitadas.
Com a aprovação em primeira discussão na sessão ordinária e segunda discussão em sessão extraordinária, a matéria segue agora para sanção ou veto da prefeita Adriane Lopes (PP). Em caso de veto a alguma emenda, o projeto retorna ao Legislativo para nova deliberação.
“Tivemos um debate democrático e técnico, com emendas que contemplam as mais diversas áreas da cidade”, afirmou o vereador Otávio Trad (PSD), relator da proposta e presidente da Comissão Permanente de Finanças e Orçamento.
Um dos pontos mais debatidos foi o percentual autorizado para créditos suplementares, que permite remanejamento de verbas dentro do orçamento. A proposta original da Prefeitura previa 30%, mas prevaleceu a emenda da Comissão de Finanças, que fixa o teto em 15%.
Outras três emendas — apresentadas por Dr. Lívio Leite (União Brasil), Marcos Trad (PDT) e Luiza Ribeiro (PT) — propunham limitar a suplementação a 10%, mas foram rejeitadas em plenário.
O relatório da LDO incluiu 277 emendas, sendo que:
33 foram destinadas ao programa Campo Grande Mais Integrada;
74 ao eixo de Desenvolvimento e Sustentabilidade;
51 para a área da Saúde;
46 para áreas Humanas e Cidadãs;
26 para a Educação;
13 voltadas à Segurança Pública;
34 tratam de redação técnica.
Durante a sessão, o vereador Jean Ferreira (PT) conseguiu a inclusão de uma emenda adicional, prevendo que recursos destinados a programas de proteção ambiental não poderão sofrer contingenciamento, salvo impedimento legal.
Entre os investimentos previstos nas emendas estão:
Hospital Municipal e contratação de profissionais da saúde;
Criação de casa de parto humanizado;
Implantação de Hospital Veterinário municipal;
Obras de pavimentação, drenagem e ciclovias;
Contenção de enchentes e recuperação de áreas verdes;
Projetos habitacionais, inclusão social, segurança e educação.
A projeção da receita líquida para 2026 é de R$ 6,66 bilhões, queda de 0,28% em relação ao orçamento deste ano (R$ 6,68 bilhões). Somando-se o Regime Próprio da Previdência Social, a receita total chega a R$ 6,8 bilhões.
No último dia 24 de junho, Otávio Trad entregou o relatório final com as emendas à Mesa Diretora. No total, foram apresentadas 317 emendas, das quais 34 foram consideradas inaptas por questões formais ou ilegais, e outras seis foram aglutinadas por tratarem de temas semelhantes.
Com a LDO aprovada, o próximo desafio da Prefeitura será a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), que deverá seguir as diretrizes agora definidas e estar alinhada com o Plano Plurianual (PPA), instrumento que estabelece metas para os quatro anos da gestão.
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