O Bioparque Pantanal, localizado em Campo Grande (MS), é hoje um dos maiores símbolos de inovação científica e turística do Brasil. Reconhecido como o maior aquário de água doce do mundo, o espaço reúne mais de 5 milhões de litros de água, 239 tanques, 458 espécies e um complexo de pesquisa e conservação da biodiversidade aquática, com impacto direto na educação, turismo e economia regional.

Projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake, o edifício com curvas que simulam os rios pantaneiros impressiona tanto pela estética quanto pela engenharia. Entre seus destaques, estão tanques com acrílico de até 40 cm de espessura e um sistema automatizado de suporte à vida com 178 motobombas e 144 filtros, que mantêm a qualidade da água para os animais.

“Estamos falando de uma obra que combina arquitetura, ciência e tecnologia a serviço da biodiversidade”, define a diretoria do Bioparque.

Centro de pesquisa vivo e referência em reprodução inédita

O Bioparque abriga o Centro de Conservação de Peixes Neotropicais (CCPN), laboratório responsável por mais de 300 reproduções de 80 espécies, sendo 25 inéditas para a ciência mundial e 15 no Brasil. O espaço é considerado um “laboratório vivo”, onde visitantes acompanham o trabalho dos cientistas em tempo real.

Acessibilidade, inclusão e entrada gratuita

O Bioparque Pantanal também é referência em inclusão e acessibilidade. O programa “Bioparque para Todos – Iguais na Diferença” garante atendimento humanizado com:

• Intérpretes de Libras e audiodescrição

• Espaço biotátil para cegos

• Sala de acomodação sensorial para autistas

• Material em braile e fila preferencial

• Tablets interativos com conteúdo acessível

• Cotas de visitação diárias para pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes

A entrada é gratuita mediante agendamento online, com opções de visitação guiada por biólogos e turismólogos, em português e inglês.

Impacto econômico: R$ 120 milhões movimentados e crescimento do turismo

Desde a inauguração em maio de 2022, o Bioparque já recebeu mais de 1 milhão de visitantes de 140 países. Segundo a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, o local gerou um impacto estimado de R$ 120 milhões na economia local, com aumento de 12% na taxa de ocupação hoteleira em feriados e criação de três novos voos semanais para atender a crescente demanda turística.

Uma viagem pelas águas do mundo

A exposição principal leva os visitantes a uma jornada pelos rios do Brasil e pelas águas dos cinco continentes, promovendo conhecimento sobre fauna, ecossistemas e temas ambientais. A proposta une lazer, ciência e educação ambiental em uma experiência interativa única.

Campo Grande na rota internacional do turismo sustentável

O Bioparque Pantanal posiciona Campo Grande como novo polo turístico no Brasil, integrando desenvolvimento socioeconômico, socioambiental e sociocultural. Além do público, o complexo também se tornou referência para universidades, centros de pesquisa e programas de educação ambiental.