Meio Ambiente / Segurança
Onça que matou caseiro no Pantanal é capturada e será transferida para Campo Grande
Animal será avaliado por especialistas no CRAS; ataque foi considerado atípico pelas autoridades ambientais
24/04/2025
07:05
DA REDAÇÃO
©Divulgação PMA
A onça-pintada que atacou e matou o caseiro Jorge Avalos, de 60 anos, na região do Toro Morto, no Pantanal de Aquidauana, foi capturada na madrugada desta quinta-feira (24). O felino será transferido para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande, onde passará por avaliação detalhada.
O ataque aconteceu na segunda-feira (21), por volta das 5h30, enquanto a vítima preparava café em casa. Amigos e familiares acreditam que Jorge tentou fugir, mas foi cercado e arrastado pela onça até a mata. Restos mortais foram localizados no dia seguinte pela Polícia Militar Ambiental (PMA), que utilizou um helicóptero nas buscas.
A captura do animal ocorreu nas imediações do local do ataque, com apoio de cerca de 10 militares da PMA. Segundo informações, trata-se de um macho pesando 94 quilos, mais magro que o padrão da espécie. Armadilhas com laços foram instaladas para evitar ferimentos e estresse no animal.
Em entrevista coletiva realizada na quarta-feira (23), o secretário adjunto da Semadesc, Artur Falcette, ressaltou a importância da captura para entender o comportamento incomum da onça:
“É muito importante capturar esse animal para preencher algumas lacunas, especialmente para entendermos quais os motivos que podem ter levado ele a demonstrar esse comportamento tão atípico”, explicou.
O coronel José Carlos Rodrigues, da PMA, destacou que casos de ataques de onças a humanos são raríssimos:
“Foi um comportamento anormal. Não há registros de ataques similares na região. Estamos tomando providências para evitar novos casos.”
As autoridades reforçaram o alerta contra a prática da ‘ceva’, que consiste em alimentar onças para atrair os animais e facilitar registros fotográficos por turistas. A atividade é considerada crime ambiental e aumenta o risco de ataques.
Devido à repercussão nacional do caso, fotos e vídeos do local do ataque e da rotina dos animais serão encaminhados à perícia. As imagens foram registradas por turistas e populares logo após o ocorrido.
“As câmeras e registros visuais serão analisados. Esperamos obter respostas nos próximos dias”, afirmou Falcette.
Apesar do ocorrido, o pesqueiro onde Jorge trabalhava continuará funcionando por se tratar de uma propriedade privada. Ainda assim, a recomendação é que visitantes e moradores evitem alimentar animais silvestres.
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