Campo Grande (MS), Terça-feira, 11 de Março de 2025

POLÍCIA

Gaeco deflagra operação contra desvio de R$ 8 milhões na Apae de Campo Grande

Mandados de prisão e busca são cumpridos em Campo Grande e Camapuã; ex-coordenador da entidade é alvo da investigação

10/03/2025

09:00

INVESTIGAMS

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Campo Grande, com apoio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou, nesta segunda-feira (10), a Operação Occulto, que investiga o desvio de R$ 8 milhões da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Campo Grande.

Durante a ação, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Camapuã.

Esquema de desvio de recursos públicos

De acordo com as investigações, desde 2021, o ex-coordenador da Apae, Paulo Henrique Muleta Andrade, e outros envolvidos utilizaram empresas de fachada para simular vendas de produtos para a rede pública de saúde. Os recursos, no valor de R$ 8.066.745,25, foram repassados pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, supostamente para atender pacientes ostomizados.

Além disso, os investigadores identificaram que o esquema continuava operando, com reiterados delitos de lavagem de dinheiro para ocultar os valores desviados.

Obstrução da Justiça e tentativa de fuga do país

A investigação também aponta que um dos suspeitos tentou obstruir a Justiça ao burlar uma ordem judicial de sequestro de bens, afastando cerca de R$ 500 mil do alcance das autoridades.

O nome "Occulto", dado à operação, faz referência às estratégias usadas para esconder o dinheiro desviado. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPE-MS) revelou ainda que o ex-coordenador da Apae buscava obter cidadania italiana com intenções de deixar o país.

Próximos passos da investigação

As autoridades continuarão aprofundando as investigações para identificar outros envolvidos no esquema e recuperar os valores desviados. O MPE-MS reforça que novas fases da operação podem ser deflagradas conforme o avanço das apurações.


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