Campo Grande (MS), Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025

POLÍTICA

Mauro Cid aponta Carlos Bolsonaro como líder do ‘gabinete do ódio’; vereador rebate acusações

Delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro indica que Carlos comandava estratégia digital do governo; parlamentar nega e critica investigação.

20/02/2025

12:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do governo Jair Bolsonaro (PL), afirmou em delação premiada que o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL-RJ) era o responsável por liderar o chamado "gabinete do ódio", um grupo que atuava na comunicação digital do governo com ataques a adversários políticos.

Segundo Cid, o grupo operava em uma pequena sala no terceiro andar do Palácio do Planalto, sem controle de entrada e saída. Ele apontou que os trabalhos eram conduzidos por três assessores da Presidência:
✔️ Tércio Arnaud Tomaz – então assessor da Presidência.
✔️ José Mateus Sales Gomes – assessor ligado à comunicação digital.
✔️ Mateus Matos Diniz – outro integrante do núcleo, cujo sobrenome não foi inicialmente citado por Cid.

O grupo, segundo a delação, trabalhava diretamente sob ordens de Carlos Bolsonaro, que determinava a linha editorial das postagens e acompanhava as mídias sociais do ex-presidente.

Carlos Bolsonaro rebate e critica investigação

Após a revelação do conteúdo da delação, Carlos Bolsonaro reagiu nas redes sociais, chamando Mauro Cid de “coronel com curso de bolinhas de gude e peteca”, ironizando sua formação.

“Cada segundo fica mais claro que o coronel das Forças Especiais, com ‘curso de bolinhas de gude e peteca’, conhecido como Mauro Cid, não é apenas um pobre coitado que sofria ameaças para delatar. Em suas colocações assinadas, expõe falsas acusações sem provar nada a todo momento.”

O vereador também criticou o andamento da investigação, classificando as informações reveladas como um “enredo de novela mexicana de quinta categoria”.

A delação de Cid reforça indícios sobre a existência de um núcleo digital dentro do governo Bolsonaro, supostamente coordenado por Carlos Bolsonaro, com o objetivo de disseminar conteúdos estratégicos e ofensivos contra opositores políticos. O caso segue sob apuração das autoridades.


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