Campo Grande (MS), Terça-feira, 20 de Maio de 2025

POLÍCIA

Investigador que registrou B.O. de jornalista assassinada detalha atuação da Polícia Civil

Policial afirma que insistiu para que vítima solicitasse medida protetiva e buscasse abrigo

15/02/2025

17:40

CGN

DA REDAÇÃO

Mulheres aguardando atendimento na recepção da Casa da Mulher Brasileira (Foto: Osmar Veiga)

O investigador de Polícia Judiciária Sebastião Pereira dos Santos, responsável pelo registro do Boletim de Ocorrência da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada brutalmente pelo ex-noivo Caio César Nascimento Pereira, defendeu o atendimento prestado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Em nota publicada no Facebook, ele explicou os esforços para proteger a vítima.

Esforços para garantir proteção à vítima

📌 Vanessa procurou a delegacia preocupada com a divulgação de fotos íntimas feitas por Caio, e não diretamente com agressões físicas.
📌 O boletim de ocorrência relatava que o uso de drogas e álcool pelo ex-noivo desgastou o relacionamento.
📌 Ela recusou inicialmente a medida protetiva, e o investigador afirmou ter insistido para que entendesse o risco e fizesse o pedido.

Dificuldade em convencê-la a aceitar abrigo seguro

📌 Segundo o policial, muitas vítimas resistem a pedir proteção legal, mesmo após agressões.
📌 Vanessa assinou a solicitação de medida protetiva, mas recusou se hospedar na Casa da Mulher Brasileira, alegando ter outros locais para ficar.
📌 Quando voltou à delegacia para solicitar um dossiê sobre o agressor, novamente foi aconselhada a aceitar o abrigo, mas permaneceu na decisão de não ficar na Casa.

Questionamentos ao Judiciário

📌 O investigador reforçou que a Polícia Civil não pode obrigar uma vítima a se hospedar em um abrigo.
📌 Segundo ele, a responsabilidade pelo atraso na retirada do agressor da residência deveria ser questionada junto ao Judiciário, que não enviou rapidamente um oficial de justiça para o cumprimento da medida protetiva.
📌 "Se a lei permitisse que o delegado concedesse e cumprisse imediatamente a medida protetiva, aí sim poderíamos falar em falha policial", argumentou o investigador.

O caso reacendeu o debate sobre os desafios no cumprimento de medidas protetivas e a necessidade de mais agilidade no afastamento de agressores para evitar tragédias como a que vitimou Vanessa Ricarte.


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