A infame assassina em série japonesa Chisako Kakehi, conhecida como "Viúva Negra", morreu aos 78 anos no corredor da morte de um presídio em Osaka. Ela aguardava execução após ser condenada por envenenar diversos homens idosos com cianeto, visando herdar aproximadamente R$ 55 milhões.

Histórico dos Crimes

Entre 2007 e 2013, Chisako Kakehi assassinou três homens e tentou matar um quarto. Seus crimes foram considerados "calculados e cruéis" pela Suprema Corte do Japão, que manteve sua sentença de morte em 2021. A juíza Yuko Miyazaki destacou que Chisako utilizava cianeto para envenenar seus parceiros após conquistar sua confiança como companheira de vida.

Modus Operandi

Chisako, apelidada de "Viúva Negra", tinha como alvo principal homens idosos e doentes, que conhecia por meio de agências de namoro. Suas vítimas eram geralmente ricas e sem filhos, o que facilitava os golpes financeiros. Inicialmente, as mortes não levantaram suspeitas, sendo atribuídas a causas naturais relacionadas às doenças das vítimas.

Investigação e Prisão

A investigação policial ganhou um novo rumo quando foram encontrados traços de cianeto nos corpos de pelo menos duas das vítimas, além de resíduos do veneno no lixo da residência de Chisako, em Kyoto. Em 2014, ela foi presa após a morte de seu último marido, Isao Kakehi, de 75 anos, apenas um mês após o casamento.

Consequências Financeiras e Pessoais

Após herdar as fortunas de suas vítimas, Chisako perdeu tudo em investimentos malsucedidos. Esse desfecho financeiro agravou ainda mais a sua trajetória criminosa, evidenciando a motivação financeira por trás de seus atos.

Legado e Impacto

O caso de Chisako Kakehi ganhou destaque pela crueldade e premeditação dos crimes, além de expor falhas iniciais na investigação policial. Sua morte encerra uma das histórias criminais mais emblemáticas do Japão nos últimos anos, deixando lições sobre a importância da vigilância em casos de relacionamentos suspeitos e a necessidade de rigor nas investigações policiais.

Repercussão Pública

A morte de Chisako foi confirmada na manhã de quinta-feira (26/12) pela Nippon News, que ainda aguarda a confirmação oficial da causa. A sociedade japonesa expressa alívio pelo encerramento do caso, que causou grande comoção e medo entre as comunidades afetadas.

Conclusão

A passagem de Chisako Kakehi pelo corredor da morte marca o fim de um capítulo sombrio na criminalidade japonesa. Seu legado serve como um alerta sobre os perigos das fraudes afetivas e a necessidade de uma investigação minuciosa para prevenir futuros crimes semelhantes.