POLÍTICA
Militares tramaram envenenamento de Lula, Alckmin e Moraes e monitoraram autoridades, revela PF
Investigação detalha plano de golpe de Estado que envolvia assassinatos e monitoramento de líderes políticos e do STF.
19/11/2024
08:53
G1
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Polícia Federal (PF) revelou nesta quinta-feira (19) detalhes de um plano articulado por militares e integrantes da elite do Exército, conhecidos como "kids pretos", para realizar um golpe de Estado e assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A decisão, tornada pública pelo próprio ministro Alexandre de Moraes, cita que o grupo começou a monitorar o deslocamento de autoridades ainda em novembro de 2022, após uma reunião realizada na residência do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com a PF, o grupo discutiu diversos métodos para eliminar as autoridades:
A PF identificou que o grupo estava dividido em cinco núcleos principais:
Nesta terça-feira (19), a PF prendeu cinco envolvidos no esquema, incluindo o general de brigada Mario Fernandes e três militares de operações especiais do Exército. A operação também revelou documentos e materiais que corroboraram a participação de Braga Netto como figura central no planejamento.
A investigação continua, e a expectativa é que novas revelações surjam nas próximas semanas. A PF já considera Braga Netto um dos principais responsáveis pela tentativa de golpe e pelo planejamento do atentado contra as autoridades.
O caso gerou repercussão nacional e internacional, evidenciando a gravidade das ameaças contra o Estado Democrático de Direito no Brasil. A sociedade aguarda o desdobramento das investigações e possíveis novas prisões.
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