MUNDO
Estados Unidos apreendem avião de Nicolás Maduro na República Dominicana por violação de sanções
Ação inédita reforça sanções norte-americanas contra a Venezuela; aeronave levada para a Flórida
03/09/2024
07:48
NAOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Os Estados Unidos apreenderam um avião pertencente ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, enquanto a aeronave estava na República Dominicana. Segundo informações da CNN Internacional, as autoridades norte-americanas determinaram que a aquisição da aeronave violava as sanções impostas pelos Estados Unidos à Venezuela, resultando na apreensão e transferência do avião para o estado da Flórida.
A aeronave, um Dassault Falcon 900EX, foi adquirida por meio de uma empresa de fachada por 13 milhões de dólares (aproximadamente 80 milhões de reais). O Departamento de Justiça dos EUA informou que o avião foi contrabandeado para fora dos Estados Unidos em abril de 2023 e exportado ilegalmente para a Venezuela, onde tem sido usado quase exclusivamente para voos de e para uma base militar venezuelana, servindo às viagens internacionais de Maduro.
Em um comunicado, o procurador-geral norte-americano, Merrick Garland, confirmou a apreensão e destacou que o ato envia "uma mensagem clara de que ninguém está acima da lei, nem do alcance das sanções dos EUA". A ação foi descrita como inédita em termos criminais, especialmente por envolver um chefe de Estado estrangeiro.
A apreensão ocorre em meio a um cenário político tenso na Venezuela. Em 22 de agosto, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, controlado pelo governo chavista, validou a reeleição de Nicolás Maduro para um terceiro mandato presidencial de seis anos, após as eleições de 28 de julho. A vitória de Maduro, proclamada com 52% dos votos, foi contestada por numerosos países, que exigiram a divulgação dos resultados eleitorais detalhados.
A oposição, liderada pelo candidato Edmundo González Urrutia, contestou os resultados, alegando ter vencido as eleições com mais de 60% dos votos, segundo atas de votação que conseguiu obter. No entanto, o TSJ afirmou ter verificado a veracidade do ataque informático ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e validou a vitória de Maduro, desencadeando manifestações que foram violentamente reprimidas, resultando em 27 mortos, 192 feridos e 2.400 detenções.
Os Estados Unidos, junto com dez países latino-americanos, rejeitaram a validação dos resultados pelo TSJ, afirmando que a vitória de Maduro foi baseada em números "que evidenciavam impossibilidades matemáticas" e sem a apresentação dos resultados em separado.
A apreensão do avião de Maduro é um desenvolvimento significativo nas sanções internacionais contra o governo venezuelano, evidenciando a intensificação das ações norte-americanas para isolar o regime de Maduro no cenário global.
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