Campo Grande (MS), Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2025

POLÍTICA

Caravina não aceita "greve branca" dos policiais civis e sugere incorporação de auxílio-alimentação como alternativa

Policiais civis esperam do Executivo definição de prazos para elevar salários

27/08/2024

11:58

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

Durante a sessão desta manhã na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Pedro Caravina (PSDB) criticou a operação "Cumpra-se a Lei", promovida por policiais civis em Mato Grosso do Sul, classificando-a como uma "greve branca". A ação dos policiais é uma forma de pressionar o Executivo Estadual a estabelecer um cronograma de reajuste salarial. No entanto, Caravina argumentou que o governo não tem condições de conceder o reajuste de 18% solicitado pela categoria e propôs, como solução temporária, a incorporação do auxílio-alimentação de R$ 400 à remuneração dos servidores.

Caravina, que já atuou como delegado e foi secretário de Segurança no ano passado, afirmou que a incorporação do benefício poderia resultar em um aumento real de até 5% para os policiais ativos e 8% para os aposentados. Ele destacou que essa medida seria uma alternativa viável até que a situação financeira do Estado permita um reajuste maior. A proposta foi bem recebida por parte dos policiais presentes na sessão.

Os policiais civis, representados pelo Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), estão reivindicando um aumento de 18% nos salários, o que elevaria a remuneração inicial da categoria para a sexta maior do País, conforme promessa feita em 2016. Atualmente, o salário inicial da Polícia Civil é de R$ 5.700.

Caravina alertou que a operação "Cumpra-se a Lei", que inclui medidas como a não permanência em sobreaviso, o cumprimento estrito da jornada de trabalho e a exigência da presença de um delegado em locais de crime, está prejudicando a comunidade e os serviços de segurança pública. O Sinpol distribuiu uma cartilha detalhando as ações que fazem parte do protesto.

Apesar de criticar a ação dos policiais, Caravina reconheceu que o governo pode ter melhores condições de atender às demandas da categoria no próximo ano. No entanto, como não houve acordo na reunião realizada na semana passada, ainda não há um projeto de reajuste salarial em tramitação na Assembleia Legislativa.

O presidente do Sinpol, Alexandre Barbosa, afirmou que a incorporação do auxílio de R$ 400 como única medida foi rejeitada pela categoria em assembleia. Ele ressaltou que os policiais civis estão dispostos a continuar dialogando com o governo e enviaram um ofício solicitando a apresentação de um plano gradual para atingir o reajuste desejado.

 


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