Política / Assembleia Legislativa
Lia Nogueira cobra ações do Governo de MS contra violência doméstica
Deputada pede transparência sobre programas de proteção e critica omissão diante do aumento de feminicídios
29/05/2025
12:15
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
Diante do crescente número de casos de violência doméstica e feminicídios em Mato Grosso do Sul, a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) protocolou nesta semana um requerimento ao Governo do Estado cobrando informações detalhadas sobre as ações, políticas públicas e estrutura de atendimento às vítimas atualmente em execução.
O documento, endereçado à Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), busca esclarecer como o Estado tem atuado no enfrentamento à violência contra a mulher, diante de números alarmantes.
“O número de mulheres assassinadas é assustador. Essas mortes não são estatísticas, são vidas perdidas, famílias destruídas e um grito por socorro que precisa ser ouvido”, declarou a parlamentar.
Segundo dados oficiais, em 2024, Mato Grosso do Sul registrou:
35 feminicídios consumados
89 tentativas de feminicídio
Mais de 20 mil ocorrências de violência doméstica
Já em 2025, apenas nos primeiros cinco meses do ano, os números já somam:
14 feminicídios
Mais de 8.500 agressões contra mulheres em ambiente familiar
A motivação do requerimento também se intensificou após o caso que chocou o Estado: o assassinato de Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, e da filha Sophie, de apenas 10 meses, pelo companheiro e pai da criança, João Augusto Borges de Almeida, de 21 anos. Ele confessou o crime à polícia, afirmando ter agido para se livrar da pensão. A frieza da declaração — “Dormi melhor que sempre, porque me livrei de um problema” — revoltou a sociedade.
Quais programas ativos o Estado mantém para enfrentamento à violência contra a mulher?
Quais estruturas de acolhimento existem nos municípios?
Como funcionam os mecanismos de proteção e apoio às vítimas?
Qual é o orçamento destinado a essas ações em 2025?
Quais as medidas de punição e responsabilização dos agressores em vigor?
“A sociedade precisa saber o que está sendo feito e o que ainda está pendente. O Estado tem um papel fundamental na proteção das mulheres, e é dever deste Parlamento fiscalizar a atuação do poder público. O silêncio e a omissão custam vidas”, destacou Lia Nogueira.
A deputada defende que as ações governamentais precisam ser mais visíveis, transparentes e eficazes, principalmente no interior, onde muitas mulheres enfrentam obstáculos para denunciar seus agressores e encontrar abrigo ou orientação.
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