O homem suspeito de assassinar Ivone Barbosa da Costa Nantes, de 40 anos, em Sidrolândia (MS), foi morto em confronto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar na noite desta sexta-feira (18). Wilton de Jesus Costa, de 36 anos, já era um velho conhecido da polícia e possuía uma ficha criminal extensa — incluindo um feminicídio cometido no estado de São Paulo.

Histórico de reincidência e crimes graves

Segundo o tenente-coronel Rigoberto Rocha da Silva, Wilton era considerado altamente perigoso. Desde 2022, havia sido preso três vezes por violência doméstica contra Ivone. Ele acumulava ainda passagens por injúria, furto, roubo e homicídio. Em 2011, cometeu um feminicídio em São Paulo, mas voltou às ruas poucos anos depois.

“É um elemento bastante violento, reincidente. Infelizmente o sistema não tem sido eficaz em mantê-lo fora das ruas ou reintegrá-lo adequadamente à sociedade”, afirmou o tenente-coronel Rocha.

Confronto na BR-163

A polícia foi alertada por moradores sobre um homem suspeito caminhando entre Sidrolândia e Anhanduí, nas proximidades de uma torre de transmissão na BR-163. Cercado por equipes do Choque, Wilton reagiu à abordagem com uma faca e foi baleado. Mesmo com atendimento no local, não resistiu aos ferimentos.

A faca utilizada para tentar atacar os policiais foi apreendida e divulgada pela corporação.

O crime contra Ivone: 8º feminicídio do ano em MS

Ivone foi assassinada com uma facada na cabeça, dentro da casa da comadre onde estava com o neto de 5 anos. O crime ocorreu na noite de quinta-feira (17), no Assentamento Nazaré. Conforme a investigação, o casal discutia por ciúmes quando Wilton — conhecido como “Bil” — a atacou.

Dois filhos da proprietária do imóvel ficaram feridos ao tentar apartar a briga. Ivone morreu na porta da sala, e o neto, que dormia em outro cômodo, não presenciou o crime. A criança está sob os cuidados do Conselho Tutelar.

Situação que evidencia falhas no sistema

O caso evidencia mais uma vez a fragilidade do sistema penal brasileiro diante de criminosos reincidentes. Wilton, mesmo com histórico de violência, seguiu em liberdade até cometer mais um feminicídio brutal — o oitavo registrado em 2025 em Mato Grosso do Sul.