Campo Grande (MS), Sexta-feira, 14 de Março de 2025

ROTA BIOCEÂNICA

Corredor Bioceânico reduzirá custos e tempo, impulsionando exportação de carne em MS

Nova rota facilitará acesso a mercados estratégicos na Ásia e América do Sul

12/02/2025

16:15

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A Rota Bioceânica está prestes a transformar a logística de exportação de Mato Grosso do Sul, reduzindo custos e tempo de transporte para mercados como Chile, Peru, China e Japão. Com a nova conexão rodoviária, a carne bovina sul-mato-grossense terá um caminho mais curto e competitivo, consolidando o estado como um grande hub de exportação para o Pacífico.

Atualmente, 360 mil toneladas de carne bovina são exportadas anualmente do MS para o Chile. O trajeto atual inclui longas rotas pelo Paraná e Rio Grande do Sul, mas a nova ligação via Porto Murtinho, Carmelo Peralta (Paraguai) e Argentina reduzirá a distância até o Chile e os portos de Antofagasta e Iquique, que servem como ponto de embarque para a Ásia e Oceania.

📌 Obras avançadas: A ponte binacional entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta já está 65% concluída, viabilizando a nova rota.

📢 "A Rota Bioceânica tornará mais viável a exportação de carne do MS para o Chile e o Peru. Para outros mercados globais, dependeremos da competitividade logística do novo corredor", afirmou Sérgio Capucci, vice-diretor do Sicadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de MS).

Impacto logístico e econômico do Corredor Bioceânico

O setor agropecuário vê oportunidades estratégicas no novo corredor, especialmente para encurtar distâncias até mercados asiáticos. Atualmente, produtos exportados para a China percorrem 24 mil km e levam 54 dias para chegar a Xangai via Canal do Panamá.

🚢 Com a Rota Bioceânica, haverá uma redução de:
12 dias e 5.479 km no trajeto atual
Até 7.000 km ou 20 dias na navegação entre Brasil e Ásia

📢 "O corredor bioceânico passou a ser uma realidade. Estamos testemunhando a realização de um sonho ousado e inovador, que fortalecerá nossa conexão com o Pacífico", destacou o governador Eduardo Riedel.

Mudança no fluxo de exportação e desafios logísticos

O Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas de MS (SETCEMS) destaca que, atualmente, quase não há exportação de carne via portos chilenos. No entanto, essa realidade mudará com a nova rota.

📌 Comparação de distâncias:
🚛 Hoje, a carga destinada ao norte do Chile segue por Santa Catarina e Rio Grande do Sul, aumentando o percurso em 700 a 1.000 km.
🚛 Com a Rota Bioceânica, a exportação via Porto Murtinho reduzirá essa distância significativamente.

Desafios para a implementação completa da rota:
🔹 Burocracia aduaneira – Caminhões levam até 8 dias para cruzar MS e Paraguai devido à demora nos trâmites.
🔹 Infraestrutura viária – É essencial melhorar sinalização, postos de combustível e apoio logístico nos quatro países.
🔹 Capacitação de motoristas – O SETLOG e a UEMS já oferecem cursos especializados para qualificação de motoristas para transporte internacional.

A expectativa é que o fluxo de transporte aumente de 5% a 10% ao ano, impulsionando o PIB estadual e consolidando Mato Grosso do Sul como um dos principais corredores logísticos do Brasil.


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