Ampla Visão
Memórias eleitorais, Bolsonaro, impostos e opiniões
Eleições em transformação, discursos ideológicos, críticas ao sistema e lembranças do folclore político marcam o cenário nacional
12/06/2025
20:00
MANOEL AFONSO
MELHOR ASSIM:
Se em 2022 tivemos 388 candidatos a deputado estadual e 160 postulantes a deputado federal, em 2026 serão 271 e 112 candidatos, respectivamente. É fruto das 3 novas federações partidárias que irão absorver e juntar várias siglas. Para se eleger à Assembleia serão necessários perto de 60 mil votos; para a Câmara, por volta de 190 mil votos.
OPINIÃO:
Virou rotina. Nas sessões os deputados estaduais do PT aproveitam para enaltecer as ações do Governo Federal, criticam episódios do Governo Bolsonaro e fazem comparações. Já os demais parlamentares quase sempre se limitam a ouvir e raramente fazem apartes. Fica exposto uma espécie de vazio ideológico entre eles.
POSTURA:
Para o senador Oriovisto Guimarães (PSDB-PR), a máquina pública vai parar se nada for feito. De 1991 a 2025, as despesas do Governo aumentaram 73% e os impostos 53%. Ele sugere que os colegas abram mão das emendas, cortem o fundo eleitoral e partidário. Decepcionado, ele não concorrerá à reeleição.
BOLSONARO:
Sua narrativa no STF decepcionou seus seguidores ao serem taxados de ‘malucos’ e ao pedir desculpas ao ministro. Outros trechos também foram motivos de críticas e ironias nas redes sociais. Bolsonaro não convenceu. Aliás, quem acabou elogiado foi o ministro Alexandre de Moraes. Os próximos capítulos prometem.
PROCEDE?
“A inclusão de Bolsonaro nas pesquisas eleitorais é um serviço apenas ao seu plano de se lançar candidato de dentro da prisão, assim como Lula fez em 2018 – e o petista também contou com os institutos de pesquisa para se manter como candidato fictício até o último momento.” (Mario Sabino – jornalista)
‘MÃO DE OBRA’:
Se trocar o nome de rua é difícil, imagine mudar o nome de cidade. Rio Verde de Mato Grosso convive com a ideia de rebatizá-la de Rio Verde do Pantanal ou Rio Verde de Mato Grosso do Sul. Processo moroso, inclusive com plebiscito e outras formalidades, dividindo. Os deputados Junior Mochi e Lídio Lopes comentaram o assunto ao colunista.
PREVISÕES:
A anunciada concorrência para a Assembleia Legislativa em 2026 nos reporta à emblemática frase de que “muitos serão chamados e poucos serão escolhidos”. Além da grande maioria que tentará a reeleição, teremos muitos ex-prefeitos, vereadores da capital (que não serão poucos) e edis do interior. O poder seduz.
SIM OU NÃO?
Pela lei em vigor, é preciso mandato judicial específico para retirar cada publicação das redes sociais, forçando as plataformas a aprimorar seus mecanismos para excluir ou moderar conteúdos que possam ser considerados ilegais. Regulamentação ou censura?
Para o publicitário, presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, Henrique Medeiros, a mudança não proíbe, só regulamenta.
EM AÇÃO:
As notícias enviadas pela sua assessoria mostram o ritmo de atuação do senador Nelsinho Trad. Além de marcar presença em eventos significativos nas mais diferentes regiões do Estado, o senador realiza notável trabalho de apoio junto aos municípios, independentemente da importância política e econômica.
‘LOTERIAS’:
“E talvez, antes de restringir a comunicação, precisamos reformular a mensagem que este país entrega todos os dias: a de que o sucesso é loteria, e não construção. Que o mérito depende de sorte e não da luta. Porque enquanto vendermos o sonho do atalho, sempre haverá quem venda a ilusão do ganho fácil.” (Lucas Dalfrancis)
ELEIÇÕES:
Com a nova Constituição tivemos as primeiras eleições presidenciais em 1989 com 21 candidatos: Collor de Melo, Lula, Brizola, Covas, Maluf, Roberto Freire, Afif Domingues, Roberto Freire, Aureliano Chaves, Ronaldo Caiado, Afonso Camargo, Enéas, Marronzinho, Paulo Gontijo, Zamir Teixeira, Lívia Pio, Eudes Mattar, Gabeira, Celso Brant, Antônio Pedreira, Manoel Horta e Armando Correa. Hoje, apenas Lula e Caiado tem cargos eletivos.
CANDIDATOS-1994: 8 postulantes; Enéas Carneiro (vice Roberto Garcia), Leonel Brizola (vice Darci Ribeiro), Espiridião Amin (vice Gardenia Gonçalves), Fernando H. Cardoso (vice Marco Maciel), Lula (vice Aluízio Mercadante), Orestes Quércia (vice Iris Araújo), Carlos Gomes (vice Dalton Salomani), Hernani Fortuna (vice Vitor Nosseis).
1998-CANDIDATURAS: Fernando H. Cardoso (Marco Maciel), Lula (Leonel Brizola), Ciro Gomes (Roberto Freire), Enéas (Irapuan Teixeira), Ivan Frota (João G. Silva), Alfredo Sirkis (Carla Ribeiro), José M. Almeida (José Galvão). Outras cinco candidaturas foram registradas e Collor de Melo teve sua candidatura cassada. Ao todo, 13 pretendentes.
CANDIDATOS-2002: Lula (vice José Alencar), José Serra (vice Rita Camata), Anthony Garotinho (vice José A. Almeida), Ciro Gomes (vice Paulinho P. da Silva), José Maria de Almeida (vice Dayane de Oliveira) Rui Costa Pimenta (vice Pedro Paulo Pinheiro). Total de 6 candidatos.
2006-CANDIDATOS: Foram sete os candidatos ao Planalto: Lula (José de Alencar), Geraldo Alckmin (José Jorge), Heloisa Helena (Cesar Benjamin), Cristovam Buarque (Jefferson Peres), Ana Maria Rangel (Delma Gama), José Maria Eymael (José Neto), Luciano Bivar (Américo Souza).
CANDIDATOS-2010: Dilma Roussef (Michel Temer), José Serra (Índio da Costa), Marina Silva (Guilherme Leal), Plínio A. Sampaio (Hamilton Assis). Também foram candidatos: José Maria Eymael, José Maria Almeida, Levy Fidelis, Ivan Pinheiro e Ruy Pimenta da Costa. Foram 7 os candidatos e no 2º turno Dilma derrotou José Serra.
FOLCLORE POLÍTICO:
FOLCLORE-1: Antonio Corrêa (pastor/advogado) fundou o PMB; candidato em 1989, cedeu sua candidatura para Silvio Santos. Silvio chegou a pedir na TV que o eleitor assinalasse ‘Corrêa’ nas cédulas impressas, já que não poderiam ser trocadas a tempo. Mas a Justiça cassou o registro do PMB e anulou os votos registrados. O episódio marcou aquelas eleições.
FOLCLORE-2: Eudes Matar, candidato pelo PLP em 1989. Com 30 segundos na TV repetia “Vote 55, o último da cédula”. Obteve 162.343 mil votos. Em Esperantina (PI); forte reduto do PT, teve maciça votação. Muitos eleitores, não sabendo ler, foram instruídos a votar no primeiro da lista. Mas, eles viraram a cedula de cabeça para baixo, deixando de votar em Lula (que era o primeiro da lista) para votar em Eudes (o último).
PÍLULAS DIGITAIS:
Feliz é a pessoa que reclama que a hora não passa. (Dr. Zureta)
No Brasil os humoristas terão que mudar de profissão. (Internet)
É preciso fazer a história, para depois contar a história. (Internet)
Porque no fundo, o problema nunca foi o jogo. O problema é o vazio que faz alguém apostar. (Lucas Dalfrancis)
Eu joguei dentro das quatro linhas (da Constituição) o tempo todo. (Bolsonaro)
Antes de não existir nunca e antes de desaparecer para sempre, a gente vive um pouco. (Millôr)
A vida de uma pessoa consiste num conjunto de acontecimentos, dos quais o último também poderia mudar o sentido de todo o conjunto. (Ítalo Calvino)
Somos carteiros: temos a missão de caprichar na entrega, evitar que a carta chegue molhada e, principalmente, gostar do que fazemos. (Ronald Golias – humorista)
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