Política / Câmara Municipal
Câmara aprova recriação da Fundação Municipal de Cultura em Campo Grande
Nova Fundac substitui a secretaria atual, ganha autonomia administrativa e passa a gerir recursos culturais com mais liberdade
13/05/2025
13:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Câmara Municipal de Campo Grande aprovou nesta terça-feira (13), por unanimidade e em única discussão, o projeto de lei que recria a Fundação Municipal de Cultura (Fundac). A nova entidade terá personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa, financeira e funcional, vinculada à Secretaria Municipal de Governo (Segov).
A Fundac substitui a atual Secretaria Executiva de Cultura (Secult), criada em 2023 após reforma administrativa. Com a mudança, todo o orçamento, acervo patrimonial e estrutura de pessoal da Secult será transferido para a fundação.
“A fundação vai garantir independência para receber e gerenciar recursos, além de ter liberdade para firmar parcerias e buscar emendas. É um avanço para a cultura da nossa cidade”, destacou o secretário-executivo da Secult, Valdir Gomes.
A nova Fundac será responsável pela execução das políticas públicas culturais, preservação do patrimônio histórico e gestão do Fundo Municipal de Investimentos Culturais (FMIC). Durante a sessão, servidores da cultura e representantes da classe artística aplaudiram a aprovação da proposta.
Uma emenda da Mesa Diretora, aprovada junto ao projeto, define que a estrutura da fundação será estabelecida por lei específica, e não por decreto do Executivo, garantindo maior controle legislativo.
A vereadora Luiza Ribeiro (PT), presidente da Comissão Permanente de Cultura, apresentou quatro emendas ao projeto — incluindo uma que listava as competências da Fundac e outra que incluía a gestão do Fomteatro (Fundo de Fomento ao Teatro) — mas todas foram rejeitadas com 19 votos contrários e cinco favoráveis, sob justificativa de vício de iniciativa.
“Estamos felizes com a recriação da Fundac, mas não se pode aprovar um organismo público sem deixar claro suas atribuições”, argumentou Luiza Ribeiro.
O presidente da Câmara, vereador Epaminondas Neto (Papy – PSDB), reconheceu que faltou detalhamento no texto original, embora as emendas tenham sido consideradas inconstitucionais por tratarem de atribuições do Executivo.
Além da recriação da Fundac, os vereadores também aprovaram outros projetos importantes:
PL 11.809/25 – Autoria: Junior Coringa
Garante a estudantes com TEA (Transtorno do Espectro Autista) o direito à matrícula na escola municipal mais próxima da residência ou do local de trabalho dos responsáveis.
PL 11.615/25 – Autoria: Veterinário Francisco
Institui o Plano de Erradicação da Leucena, planta exótica invasora, promovendo sua substituição por espécies nativas em áreas públicas.
Projeto de Resolução 581/25
Autoriza a Câmara a firmar convênio com a ABEL (Associação Brasileira de Escolas do Legislativo e de Contas), para promover formação técnica de servidores.
PL 11.337/24 – Autoria: Papy (PSDB)
Atualiza a legislação dos Ecopontos Culturais, permitindo a doação de livros e mídias, após catalogação, e estabelecendo penalidades para descartes irregulares.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Namorada virtual de adolescente que matou os pais é apreendida em Mato Grosso
Leia Mais
Nelsinho Trad destina R$ 800 mil para modernizar a saúde pública em três municípios de MS
Leia Mais
Moraes nega pedido da defesa de Bolsonaro e reforça que não aceitará 'tumulto processual'
Leia Mais
Câmara Municipal de Campo Grande discute veto à criação da Fundação de Cultura e projetos sociais prioritários
Municípios