POLÍTICA
Ano agitado para deputados em meio a fusões partidárias, vagas no TCE e articulações para 2026
Mudanças nas bancadas, oportunidades no Tribunal de Contas e reestruturações políticas prometem movimentar a Assembleia Legislativa do MS
19/01/2025
17:00
DA REDAÇÃO
©FRANCISCO BRITTO
Os deputados estaduais da Assembleia Legislativa estão prestes a enfrentar um ano político extremamente dinâmico, marcado por fusões partidárias, reestruturação de bancadas, abertura de vagas no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e diversas articulações para as eleições de 2026. O retorno dos trabalhos em fevereiro, após o recesso de final de ano, vem com a expectativa de que imprevistos e negociações internas influenciem fortemente a atuação dos parlamentares.
Reacomodação partidária e fusões
A reforma na composição dos partidos já está em articulação e pode levar a mudanças significativas nas bancadas. Destaca-se a possibilidade de fusões que podem extinguir partidos, como o PSDB, que poderia se fundir com o PSD ou MDB. Tais fusões não afetam apenas a identidade partidária, mas também a formação de novas alianças para a disputa eleitoral de 2026.
O governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja podem assumir o comando do PL, conforme acordo com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o que geraria uma migração significativa de membros tucanos para a sigla liberal. Essa movimentação tem potencial para causar descontentamentos internos, tanto no PL quanto entre os membros do PSDB, com consequências para projetos políticos individuais.
Posicionamentos e reações parlamentares
Alguns deputados já manifestaram preocupações sobre essas mudanças. A deputada Lia Nogueira (PSDB) revelou dificuldades em migrar para o PL, pois é adversária dos bolsonaristas em Dourados. Já o deputado João Henrique Catan expressou oposição à entrada dos tucanos no partido, ressaltando que "estaríamos entregando o partido para nossos principais adversários". Em contraste, figuras como o deputado Coronel David apoiam a mudança, demonstrando a divisão interna.
Além disso, fusões menores, como a união entre Antonio Vaz (Republicanos) e Roberto Hashioca (União Brasil), podem fortalecer essas legendas, dando mais peso a suas bancadas. Partidos como PP, MDB e PSD podem se beneficiar da reformulação política, atraindo descontentes e ampliando suas representações.
Vagas no Tribunal de Contas do Estado
O TCE passa por momento de incerteza com a aposentadoria iminente do conselheiro Jerson Domingos, previsto para novembro, e a possível abertura de novas vagas caso haja afastamento definitivo de conselheiros como Iram Coelho das Neves, Osmar Jerônimo, Waldir Neves e Ronaldo Chadid. A indicação de substitutos ficará a cargo dos deputados, sendo que nomes como Paulo Corrêa (PSDB) e Márcio Fernandes (MDB) já se destacam como candidatos para ocupar a vaga de Jerson Domingos.
De acordo com declarações do presidente da Assembleia, Gerson Claro (PP), o conselheiro Waldir Neves solicitou ao Legislativo a contagem do tempo em que exerceu mandato como deputado, sinalizando possível pedido de aposentadoria ao concluir a investigação do STJ. A situação dos conselheiros afastados ainda está em aberto, com perspectivas de retorno ou substituição por indicados entre Auditores e membros do Ministério Público do TCE.
Expectativas para o próximo ano
Apesar das turbulências, o presidente da Assembleia, Gerson Claro, tenta acalmar as expectativas dos parlamentares, convocando a manutenção da harmonia entre os poderes e com o governador para o desenvolvimento do Estado. Ele destaca a reeleição quase por aclamação na Mesa Diretora como um sinal de consenso, mas adverte que os bastidores políticos nos próximos anos não devem ser tranquilos, especialmente em um ano pré-eleitoral.
Deputados como Paulo Duarte (PSB) também sinalizam a iminência de grandes mudanças no Legislativo Estadual. A unanimidade na eleição da Mesa Diretora esconde a pressão por transformações futuras, alimentando debates e possíveis reviravoltas nos bastidores da Assembleia.
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