POLICIAL
Homem produzia falsos nudes usando inteligência artificial em MS
Pelo menos 16 mulheres foram vítimas de manipulação de imagens para parecerem estar nuas
11/09/2024
16:25
DD
DA REDAÇÃO
©ILUSTRAÇÃO
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Corumbá, desvendou um caso alarmante de manipulação indevida de imagens envolvendo inteligência artificial. Pelo menos 16 mulheres, residentes na cidade de Corumbá, tiveram suas fotos de redes sociais alteradas digitalmente para parecerem estar nuas.
O autor, que foi identificado e interrogado pela polícia, utilizava fotos públicas das vítimas e aplicava inteligência artificial para criar montagens que simulavam nudez, violando a privacidade e a dignidade das mulheres. Segundo relatos, o homem fazia essas manipulações para seu próprio prazer e as armazenava em seu dispositivo pessoal.
O caso foi denunciado no dia 9 de setembro, e até o momento, 16 vítimas já prestaram depoimento. A investigação está sendo conduzida pela delegada Camila Gerarde, titular da DAM, que confirmou que o homem foi indiciado e responderá por diversos crimes, incluindo "registro não autorizado da intimidade sexual" (Artigo 216-A, § 2 do Código Penal) e por "adquirir, possuir ou armazenar fotografia, vídeo ou outro registro com cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente" (Artigo 241-B do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente).
A delegada destacou a gravidade desses crimes e fez um apelo para que outras vítimas ou qualquer pessoa com informações relevantes sobre o caso procure a Delegacia de Atendimento à Mulher de Corumbá. As autoridades reforçam que é fundamental denunciar esse tipo de crime para evitar que mais pessoas tenham sua privacidade violada.
A manipulação de imagens com o uso de inteligência artificial está se tornando uma preocupação crescente, já que a tecnologia permite a criação de montagens cada vez mais realistas. Casos como esse chamam atenção para a necessidade de fortalecer a segurança digital e aumentar a conscientização sobre os riscos das redes sociais, além de reforçar o apoio às vítimas de crimes virtuais.
(Fonte: Assessoria de imprensa da PCMS)
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