POLICIAL
Pastor que usava 'cura espiritual' é preso por abusar sexualmente de quatro mulheres
Uma das vítimas consentiu as relações sexuais e outra impediu o ato enquanto o suspeito tentava tirar sua blusa
25/08/2024
09:25
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Um pastor de 53 anos foi indiciado por violação sexual mediante fraude na última sexta-feira (23), em Dourados. Segundo a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), o suspeito teria abusado de quatro membros da igreja que ele preside.
As investigações começaram no início de agosto, após denúncias que apontavam que o pastor utilizava sua posição de líder espiritual para enganar mulheres frequentadoras da igreja, cometendo atos libidinosos como beijos, toques pelo corpo e até convencendo-as a praticar relações sexuais sob o pretexto de "cura espiritual."
De acordo com os relatos das vítimas, o pastor realizava sessões de oração durante madrugadas, em montes ou em um templo em construção, onde falava em "línguas estranhas" e, em seguida, praticava os abusos. Ele alegava que as relações sexuais eram uma "determinação divina" para a troca de energia vital, supostamente necessária para a cura espiritual.
Das quatro vítimas identificadas, três têm entre 20 e 22 anos e uma tem 40 anos. Uma das mulheres consentiu com as relações sexuais, enquanto outra conseguiu impedir o ato quando o suspeito tentou tirar sua blusa. Testemunhas relataram que, desde o início de 2024, membros da igreja começaram a reclamar dessas situações, levando alguns a deixarem de frequentar o local.
Apesar das queixas, o pastor continuou a praticar os atos, o que levou os obreiros da igreja a pedirem que ele parasse de tocar nas mulheres durante as orações e de se reunir a sós com outras mulheres. Diante da persistência do comportamento, a autoridade policial responsável solicitou a prisão preventiva do pastor, que foi atendida pelo Poder Judiciário.
O pastor foi preso pela Guarda Municipal no dia 15 de agosto e encaminhado à Penitenciária Estadual de Dourados. Com a conclusão do inquérito policial, ficou comprovada a prática dos crimes, corroborada por depoimentos e mensagens de uma das vítimas relatando ter sido assediada durante um retiro. O advogado de defesa do pastor informou que seu cliente não se manifestaria durante a fase de inquérito policial, razão pela qual ele não foi interrogado.
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