JUSTIÇA
Tatuador que ficou cego com soda cáustica pede indenização de R$ 1 milhão
Crime foi cometido por Sônia Obelar Gregório, ex-mulher de Leandro. Ela foi presa em junho deste ano no Paraná
01/08/2024
11:11
CAMPOGRANDENEWS
VIVIANE OLIVEIRA
Leandro e Sônia ainda quando estavam juntos (Foto: reprodução / rede social)
A defesa do tatuador Leandro Coelho Marques, de 32 anos, que ficou cego após ser atingido por soda cáustica jogada pela ex-mulher, Sônia Obelar Gregório, em fevereiro do ano passado, no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande, deu entrada na Justiça com pedido de indenização por danos morais e reparação de danos estéticos no valor de R$ 1,3 milhão.
Conforme a defesa, a autora por covardia e maldade cometeu crime de lesão corporal gravíssima e deixou Leandro cego dos dois olhos. “No dia 22 de fevereiro de 2023, o requerente havia acabado de sair da academia e recebeu uma ligação de sua ex-esposa para conversar amigavelmente, chegando próximo à sua residência, parou na esquina e avistou a requerida, que se aproximou e jogou um líquido ácido no rosto, sendo soda cáustica, o que causou ferimentos graves e posterior cegueira total do autor”.
Segundo a ação, o ataque registrado por câmeras de segurança da rua foi premeditado. O vídeo mostra que Sônia estava de “tocaia, escondida atrás de um poste”. Assista abaixo.
O casal teve um relacionamento de 4 anos e há 4 meses estavam separados, mas Sônia não aceitava a separação. A defesa cita ainda que a vítima não tem mais esperanças para a recuperação total ou parcial da visão. Leandro já passou por cirurgia e internações.
"Não obstante, em detrimento das lesões sofridas, o requerente ainda teve que suportar as consequências desse ato. Sendo seu psicológico abalado, a humilhação de ter que realizar vaquinhas para arrecadação de valores para sua subsistência, pedir ajuda e doações de alimentos. Leandro era tatuador profissional e tinha renda mensal de R$ 2 mil.
Prisão - Foragida desde fevereiro de 2023, Sônia foi presa em junho deste ano em Curitiba, no Paraná, por força de mandado de prisão. Na ocasião, conforme o delegado Nasser Salmen, desde que a Vara Criminal de Campo Grande expediu o mandado de prisão pelo crime de lesão corporal gravíssima, a inteligência da polícia de Curitiba começou a dar apoio na captura. Desde então, a mulher permanece custodiada na cadeia pública da capital paranaense.
Por telefone, no dia em que a mulher foi presa, Leandro disse à reportagem que estava aliviado com a prisão da ex, mas sofria com as sequelas. "Por mais que a pessoa vai pagar pelo crime, não paga o que fez comigo. Na situação que eu estou aqui, eu sofrerei pelo resto da minha vida e sempre terei uma cicatriz", desabafou.
A reportagem entrou em contato com o advogado de Sônia e aguarda retorno.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Reforma tributária zera impostos sobre cesta básica, mas preços podem ser influenciados por outros fatores
Leia Mais
Prédios abandonados no Jardim Santa Luzia serão revitalizados para geração de empregos
Leia Mais
Bataguassu realiza primeiro mutirão da saúde e atende mais de 850 pessoas
Leia Mais
Município de Bataguassu receberá R$ 408 mil na segunda parcela do FPM de Janeiro
Municípios