Não há registros de violência doméstica, nem pedido de medida protetiva contra homem, mas amigos disseram que eles brigam muito
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Filha de casal, presenciou cena do crime, segundo delegada ©Divulgação / Facebook |
A filha do casal, Alejandro Antônio Aguilera e Eliane Ferreira Siolim de 34 anos, presenciou a cena do crime, onde ambos morreram, na noite de domingo (24) em um sitio no assentamento Itamarati em Ponta Porã, cidade há 323 km da Capital. Conforme a delegada Analu Ferraz da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã, a menina que tem 6 anos, foi entregue aos familiares logo após serem acionados.
Como a testemunha é criança ela não será ouvida a princípio. De acordo com a delegada, é preciso de uma oitiva especializada para ouvir o depoimento da criança na presença de uma equipe multidisciplinar, para que seja evitado sua “revitimizacao e sofrimento por ter que contar tudo novamente”.
A principal suspeita é feminicídio seguido de suicídio. Após ser acionada pelo caseiro do sitio, a polícia encontrou o corpo de Eliane e Alejandro na varanda, nos fundos do local que fica no assentamento. No corpo de Eliane foram encontradas ao menos 14 perfurações e uma na cabeça de Alejandro, mas a polícia localizou 17 capsulas deflagradas pelo local.
Ainda conforme a delegada Analu, não há registros de violência doméstica, nem pedido de medida protetiva contra Alejandro. “Mas amigos próximos disseram que eles brigavam muito, inclusive em público”, explica.
O caso a principio foi registrado como morte a esclarecer, mas só hoje após ouvir outras pessoas foi concluído que a principal suspeita seja de feminicídio.
Caso
A polícia foi acionada pelo caseiro do sitio após ouvir os disparos, por volta das 20h30 de domingo (24). Os corpos foram cobertos pelo caseiro com um cobertor azul até a chegada da polícia e perícia.
Além dos disparos, o braço direito de Eliane estava aparentemente quebrado, segundo consta no boletim de ocorrência. Alejandro foi encontrado com um disparo de arma de fogo na cabeça.
A polícia localizou uma arma de fogo de calibre 9 milímetros com uma munição e um carregador sobressalente municiado.
O caso segue sendo investigado pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã.
Fonte: CAMPO GRANDE NEWS
Por: Mirian Machado
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